Socio-historical representations of a disease: a study of posters from campaigns against Hansen's disease during the second half of the twentieth century. / Representações sócio-históricas de uma doença: um estudo sobre cartazes de campanhas para o combate à hanseníase na segunda metade do século XX.

This article analyzes the use of iconographic sources in the context of educational campaigns to combat Hansen's disease from a socio-historical perspective at four points in time: the 1950s, 1960s, 1980s, and 1990s. Four posters are analyzed to identify the elements (textual, visual or graphic) used to develop discourse on this disease and those it affected and transformations and permanences in this discourse, as well as to verify how they became part of a narrative of institutional memory linked to public health in the state of São Paulo. These were produced by various public health institutions and are part of the Health Campaign Poster Collection held by the Emílio Ribas Public Health Museum.

Este artigo analisa o uso de fontes iconográficas no contexto das campanhas educativas para o combate à hanseníase numa perspectiva sócio-histórica em quatro momentos: décadas de 1950, 1960, 1980 e 1990. São analisados quatro cartazes para identificar os elementos (textuais, visuais ou gráficos) utilizados para elaborar um discurso sobre a doença e os doentes; suas transformações discursivas e permanências, além de verificar como se tornaram parte de uma narrativa de memória institucional ligada à saúde pública paulista. As fontes estudadas fazem parte da coleção Cartazes de Campanhas de Saúde, cujos itens foram produzidos por diversas instituições ligadas à saúde pública e integram o acervo do Museu de Saúde Pública Emílio Ribas.

From Passos the Indian to Doctor Chernoviz: experiments to cure leprosy in nineteenth-century Pará. / Do índio Passos ao doutor Chernoviz: experiências de cura da lepra no Pará do século XIX.

This article analyzes an experiment to cure leprosy using the assacu plant (Hura crepitans L.) conducted in Santarém, Pará, in 1847, by an Indigenous man named Antonio Vieira dos Passos. The experiment was later repeated in other Brazilian provinces and abroad. This article establishes relationships between medical practices in other parts of the country while focusing on the dialog between official and Indigenous medicine. Newspaper articles and official documents of the time show that Indigenous knowledge of medicinal plants was widely recognized and utilized by physicians wishing to incorporate it into the official therapeutic repertoire.

O artigo analisa uma experiência de cura da lepra com assacu (Hura crepitans L.), realizada em Santarém, Pará, em 1847, por um indígena chamado Antonio Vieira dos Passos. A experiência passou a ser realizada nas demais províncias do Brasil e também no exterior. Por essa razão, o artigo estabelece relações com práticas médicas realizadas em outras partes do país, tendo como foco o diálogo entre a medicina oficial e a medicina indígena. A análise de matérias de jornais e documentos oficiais revelou que os saberes indígenas sobre o uso de plantas medicinais eram amplamente reconhecidos e utilizados pelos médicos com a intenção de incorporá-los em seu repertório terapêutico.

História da hanseníase: fontes históricas e patrimônio documental

A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promoveu a mesa-redonda 'História da hanseníase: fontes históricas e patrimônio documental'. Transmitido pelo YouTube da Casa, o evento organizado em parceria pelo Departamento de Arquivo e Documentação (DAD) e pela Biblioteca de História das Ciências e da Saúde (BHCS) tem como objetivo discutir a relevância das fontes documentais para a pesquisa em hanseníase. A mesa será composta por Tiago Pereira da Silva Flores, doutor em Ciências Sociais e diretor nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), e Yara Nogueira Monteiro, doutora em História Social e pesquisadora do Instituto de Saúde (IS) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

Alice Augusta Ball: The African-American chemist who pioneered the first viable treatment for Hansen's Disease.

Alice Augusta Ball (1892-1916) was a young and dynamic chemist who achieved extraordinary milestones in her short lifespan of 24 years. As an African American and as a woman in the early 20th century, her work and achievements set a benchmark. Her breakthrough work on the extraction of the water-soluble ethyl esters of chaulmoogra oil changed the lives of millions of people affected by Hansen's disease who were socially boycotted and segregated to leprosy colonies and asylums. The chaulmoogra oil esters, which continued to be used for almost two decades, were the first viable treatment of leprosy. Unfortunately, Ball did not receive recognition and honor for her work, and she was forgotten soon after her untimely death.

Os planos de Ernesto Ottoni contra o "mal dos lázaros": lazaretos, terapêuticas e trabalho no combate à lepra em São Paulo, século XIX / The plans of Ernesto Ottoni to Combat the "affliction of lepers: "lazarettos, treatments, and endeavors to tackle leprosy in nineteenth century São Paulo

Resumo O trabalho a seguir objetiva apresentar o projeto de estabelecimento de um lazareto para morféticos na cidade de São Paulo em meados do século XIX. Trata-se da transcrição e análise de um parecer elaborado pelo médico Ernesto Benedicto Ottoni e endereçado ao presidente da província de São Paulo. Analisamos os planos da construção do prédio, principalmente levando em consideração a teoria dos miasmas; concepções sobre as terapêuticas da lepra na época, sobretudo quanto à transmissibilidade da doença; e, por fim, a idealização do médico acerca das rotinas de tratamento, trabalho, lazer e recuperação dos doentes.

Abstract This article presents the plans for a lazaretto in the city of São Paulo in the mid-nineteenth century. It consists of the transcription and analysis of an opinion prepared by the physician Ernesto Benedicto Ottoni, addressed to the president of the province of São Paulo. The article includes an analysis of the plans for the building, bearing in mind the prevailing miasma theory; the contemporary conceptions of leprosy treatment, especially beliefs regarding the transmissibility of the disease; and the physician's idealization of the routines for the treatment, work, leisure, and recovery of patients.

Pathogen genomics study of an early medieval community in Germany reveals extensive co-infections.

BACKGROUND: The pathogen landscape in the Early European Middle Ages remains largely unexplored. Here, we perform a systematic pathogen screening of the rural community Lauchheim "Mittelhofen," in present-day Germany, dated to the Merovingian period, between fifth and eighth century CE. Skeletal remains of individuals were subjected to an ancient DNA metagenomic analysis. Genomes of the detected pathogens were reconstructed and analyzed phylogenetically. RESULTS: Over 30% of the individuals exhibit molecular signs of infection with hepatitis B virus (HBV), parvovirus B19, variola virus (VARV), and Mycobacterium leprae. Seven double and one triple infection were detected. We reconstructed four HBV genomes and one genome each of B19, VARV, and M. leprae. All HBV genomes are of genotype D4 which is rare in Europe today. The VARV strain exhibits a unique pattern of gene loss indicating that viruses with different gene compositions were circulating in the Early Middle Ages. The M. leprae strain clustered in branch 3 together with the oldest to-date genome from the UK. CONCLUSIONS: The high burden of infectious disease, together with osteological markers of physiological stress, reflect a poor health status of the community. This could have been an indirect result of the climate decline in Europe at the time, caused by the Late Antique Little Ice Age (LALIA). Our findings suggest that LALIA may have created an ecological context in which persistent outbreaks set the stage for major epidemics of severe diseases such as leprosy and smallpox hundreds of years later.

History of leprosy in India: An overview of historic and modern contributions.

Traditionally, India holds the unenviable position of the origin of leprosy. The disease is thought to have spread, via trade and war, to China, Egypt, and the Middle East, and later to Europe and the Americas. From antiquity to modernity, Indian society treated leprosy singularly for custom and law, a response shaped by both scientific knowledge and cultural attitudes. Over the past centuries, tireless research by eminent physicians and scientists working in India have helped establish a better understanding of clinical, bacteriologic, pathologic, and immunologic aspects of leprosy. Therapeutic modalities that were initially restricted to chaulmoogra expanded to include newer anti-leprotic medications and even surgical reconstruction of deformities. India's future challenges in leprosy control include stigmata, educational knowledge gaps, and multiple systems of medicine. This contribution is an attempt to comprehensively discuss the historic aspect of this exclusive disease focusing on the varied scientific contributions from India.

História da Hanseníase (COC)

Este espaço divulga fontes de pesquisa sobre hanseníase, sobretudo as que evidenciam seu aspecto histórico e social. É composto por campos onde podem ser encontradas referências variadas sobre o tema, tais como depoimentos, bibliografia, vídeos, fontes históricas e sites de interesse.

A Colônia Santa Izabel e a história da hanseníase em Minas

O vídeo traz a reportagem sobre a Colônia Santa Izabel, inaugurada em 23 de abril de 1931 e instalada no município de Betim. A Colônia era o local onde se enclausuravam pessoas com a doença de lepra, hoje conhecida como hanseníase.

Hospital Colônia Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti: Histórias e Lendas - parte 1

Primeira parte da série de três reportagens especiais sobre a história do Hospital Colônia Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti em Mogi das Cruzes. O hospital foi conhecido por receber os pacientes de hanseníase, doença conhecida também como lepra.

Hospital Colônia Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti: Histórias e Lendas - parte 2

Segunda reportagem da série de três reportagens especiais sobre a história do Hospital Colônia Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti em Mogi das Cruzes. O hospital foi conhecido por receber os pacientes de hanseníase, doença conhecida também como lepra.

Hospital Colônia Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti: Histórias e Lendas - parte 3

Terceira e última parte da reportagem especial sobre a história do Hospital Colônia Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti em Mogi das Cruzes. O hospital foi conhecido por receber os pacientes de hanseníase, doença conhecida também como lepra.

Paredes Invisíveis: Hanseníase - Região Norte

Documentário realizado pela Comissão Interministerial de Avaliação e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República sobre a reconstrução da vida de centenas de brasileiros atingidos pela hanseníase, da Região Norte, após a concessão de uma indenização pelo Governo Federal, por terem sido submetidos à internação e isolamento compulsórios em hospitais-colônia. Consiste em uma série de depoimentos sobre a doença, sobre a segregação social, sobre a rotina de isolamento nas ex-colônias, sobre política de profilaxia da "lepra" até 1986 e sobre o que mudou com a indenização.

Paredes Invisíveis: Hanseníase - Região Nordeste

Documentário realizado pela Comissão Interministerial de Avaliação e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República sobre a reconstrução da vida de centenas de brasileiros atingidos pela hanseníase, da Região Nordeste, após a concessão de uma indenização pelo Governo Federal, por terem sido submetidos à internação e isolamento compulsórios em hospitais-colônia. Consiste em uma série de depoimentos sobre a doença, sobre a segregação social, sobre a rotina de isolamento nas ex-colônias, sobre política de profilaxia da "lepra" até 1986 e sobre o que mudou com a indenização.

Iarerê – Hanseníase e Mentalidades no Rio de Janeiro

Aborda a história das mentalidades relacionadas com a caracterização social do doente de hanseníase. A doença é vista não pelo lado de uma história biológica e de descobertas científicas, mas principalmente destacam-se as mentalidades, discutindo-se o condicionamento social e ideológico da construção de conceitos pelo senso comum e pelo saber científico. O preconceito que cerca a figura mitificada do leproso é observado como determinante das ações do poder público, do conhecimento médico e da opinião de grupos sociais do Rio de Janeiro.

Últimos sobreviventes da “lepra” ainda lembram o período de isolamento na Colônia Santa Isabel

O vídeo mostra a reportagem de Joana Suarez que coletou relatos do período de isolamento na Colônia Santa Isabel, onde mais de dez mil diagnosticados com hanseníase foram internados à força e muitos permanecem lá. A reportagem esteve dois dias na colônia em 2015 e conversou com os antigos moradores.